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Semana da Consciência Negra no IFC Araquari trata de preconceito e construção de identidade

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Com seis dias de programação, a Semana da Consciência Negra reuniu estudantes, professores e artistas para discutir questões da cultura afro-brasileira, discriminação e formação identitária. Foram diferentes ações que aconteceram de 18 a 23 de novembro, no Instituto Federal Catarinense Campus Araquari.

A abertura oficial do evento aconteceu no período noturno do dia 18, com a apresentação do documentário “Do outro lado do Atlântico”. Reunindo principalmente os estudantes das licenciaturas do campus, esteve presente para fomentar o debate o representante do Movimento Negro Maria Laura, de Joinville, mediador João Henrique de Oliveira. Este foi um momento de conversa e interação, no qual a explanação inicial do mediador deu abertura para depoimentos, ideias, troca de experiências e reflexões.

Para a terça-feira foram duas atividades: um “Almosoul”, evento musical voltado para a execução de obras de influência afro, que aconteceu durante o horário do almoço; e a exibição do documentário “Itapocu”, à noite, que foi seguido da roda de conversa com Alessandra Bernardino sobre o processo de reconhecimento das comunidade quilombolas da cidade de Araquari.

Já na manhã da quarta-feira, dia 20, oficialmente o Dia Nacional da Consciência Negra, a cultura esteve em foco. Aconteceram duas sessões com o Grupo D Dance Roots, da Escola de Educação Básica Dr. Tufi Dippe, organizadas pelo coreógrafo Leonardo Manoel. As turmas do Ensino Médio da instituição foram o principal público desta atividade, que teve cerca de 400 espectadores.

Encerrando a semana, quinta-feira, dia 21, marcou um momento histórico para a instituição, quando foi realizada em Araquari a primeira reunião do NEABI – Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas. Para a sexta-feira o refeitório institucional colaborou com a temática da semana, servindo um prato da culinária brasileira que teve influência africana: uma feijoada! Com direito a couve refogada e rodelas de laranja.

“A realização da Semana da Consciência Negra foi ao mesmo tempo um desafio e uma satisfação pessoal. Ver as atividades programadas sendo realizadas e ver a participação da comunidade interna e externa foi algo muito gratificante”, diz o servidor Marcione Nunes, que foi um dos coordenadores do evento. “Nosso objetivo foi de colocar a questão do racismo, tão presente em nossa sociedade, para que as pessoas percebessem que é um assunto que não pode ser esquecido”. Sobre a participação dos estudantes, Marcione conta que ficou muito feliz com os resultados, e espera que todos possam extrair algo de positivo com a ação, que segundo ele, foi realmente grandiosa: “Os palestrantes, grupos de dança e capoeira abrilhantaram a semana, mostrando aos estudantes que a cultura negra está presente no dia a dia de todos nós”.

Para fechar o evento, no sábado pela manhã houve a apresentação do projeto “como nasce um jardim”, coordenado por Alessandra Klug e Daniel Farias ; um cine-debate de curtas que discutem a questão do preconceito e construção da identidade; sendo mediado por um diálogo com o professor Sagaz e apresentação cultural do Centro Cultural Aruandê Capoeira.

Texto: CECOM/Araquari


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