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Novo Mestrado Profissional em Tecnologia e Ambiente é aprovado pela Capes

[1]A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou o terceiro curso de mestrado do Instituto Federal Catarinense. O Mestrado Profissional em Tecnologia e Ambiente acontecerá no Campus Araquari, possuindo como área de concentração o Desenvolvimento de Processos e Tecnologias Ambientais, com duas linhas de pesquisa: 1) Desenvolvimento Rural Sustentável; e 2) Tecnologias Ambientais.  

Conforme explica o diretor de Desenvolvimento Educacional do campus Araquari, professor Cleder A. Somensi, coordenador da proposta do curso, “a linha de  ‘Desenvolvimento Rural Sustentável’ objetiva produzir conhecimento para a conservação, recuperação e promoção da sustentabilidade ambiental rural. Ela busca desenvolver soluções ambientalmente adequadas e socialmente justas para produção de alimentos, focando na segurança alimentar e na manutenção das populações locais atreladas a essa atividade.”

Já a linha de pesquisa em “Tecnologias Ambientais” visa estudar as atividades produtivas na região e seus impactos socioambientais. “É necessário promover o desenvolvimento sob uma visão holística, não permitindo que qualquer setor – econômico, social ou ambiental – seja favorecido em detrimento dos demais. Essa linha de pesquisa tem como meta fomentar novos processos para redução e reciclagem de resíduos industriais e agrícolas, além do monitoramento e uso ordenado dos recursos naturais”, explica Somensi.

O Mestrado em Tecnologia e Ambiente será intrinsecamente interdisciplinar, pois os professores do curso têm formações diversas – como Geografia, Agronomia, Biologia, Veterinária, Aquicultura, Física, Ciências Sociais, Química e Ciências Agrárias. O quadro docente é composto, em sua maioria, por servidores do próprio campus – mas há ainda professores do campus de São Francisco do Sul e de outras instituições, como a Univali e a Furb.

Somensi ressalta que, por ser um mestrado profissional, o curso atende principalmente trabalhadores ligados a áreas não acadêmicas. “É um curso voltado – embora não exclusivo – aos profissionais que já estão inseridos no mercado de trabalho – seja serviço público, iniciativa privada ou terceiro setor. Vale ressaltar que a proposta atende também aos servidores do IFC – como, por exemplo, os técnicos dos laboratórios de biologia, química, física e ciências, de forma geral”.

De acordo com o coordenador da proposta, a estruturação de um mestrado como esse já era discutida no campus desde 2012. “Com a chegada de novos servidores, com formações diversas, esse trabalho tomou força, levando à formulação e apresentação da proposta à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação em 2017 – ano em que o Grupo de Trabalho responsável pelo projeto se reuniu quinzenalmente para a elaboração da proposta.”

Desenvolvimento regional – Segundo o diretor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFC, professor Eduardo Werneck (que também integra o corpo docente do Mestrado), a elaboração do curso levou em conta o contexto regional em que estará inserido – em um processo que contou com o envolvimento do setor produtivo de Araquari. “É um mestrado que tem um caráter de aplicação, voltado para o desenvolvimento de tecnologias ambientais. O programa envolve pequena produção, resíduos sólidos, tratamento de resíduos líquidos, preservação do meio ambiente… é bem diverso”, explica.

Os professores ressaltam ainda a importância do Mestrado no âmbito da interiorização do conhecimento. “Levar um mestrado para uma cidade que não é capital, proporcionando ensino e pesquisa, realizando articulação com as forças produtivas locais, é uma grande contribuição para o desenvolvimento da região”, aponta Werneck.

Ele ressalta que outro elemento que contribuiu para a aprovação do Mestrado pela Capes é o fato de ele envolver também o ensino técnico. “Esse é um diferencial: o mestrado retroalimenta uma cadeia de pesquisa e de extensão não apenas com a graduação, mas também com o técnico”, diz Werneck. “O campus Araquari tem uma vocação reconhecidamente agrícola e nossos cursos na área estão bem verticalizados. Agora, com a criação do Mestrado, fazemos o link entre a questão rural e os nossos cursos mais recentes, voltados à tecnologia, como a Licenciatura em Química e o Bacharelado em Sistemas de Informação”, finaliza Somensi.

Texto: Cecom IFC/Thomás Müller
Adaptado por CECOM/Araquari