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IFC cria Glossário Institucional de Língua Brasileira de Sinais

terça-feira, 9 de março de 2021

O Instituto Federal Catarinense (IFC), por meio de seu Núcleo Bilíngue Libras-Língua Portuguesa (NuBi), desenvolveu um Glossário Institucional de Língua Brasileira de Sinais, abrangendo termos técnicos e específicos utilizados durante as reuniões dos Órgãos Colegiados e demais instâncias do Instituto. O objetivo é padronizar a sinalização destas palavras no âmbito do IFC e servir como referência tanto para quem traduz quanto para quem assiste as transmissões das reuniões pela Internet.

O conteúdo está disponível em vídeo no canal oficial do IFC no Youtube, e tem como público-alvo estudantes e servidores surdos, intérpretes de Libras, e todos aqueles da comunidade acadêmica e científica e da sociedade em geral que tiverem interesse pelo tema.

Acesse o Glossário na playlist abaixo:

 

A tradutora e intérprete de libras Vanessa da Silva Rocha, servidora do Campus Avançado Sombrio e presidente da Frente de Trabalho multicampi responsável pela iniciativa, dá mais detalhes sobre o Glossário. “As reuniões dos Conselhos abrangem uma grande variedade de assuntos acadêmicos e os debates utilizam uma série de palavras específicas para aquele contexto”, explica Vanessa. “A gente vai se familiarizando aos poucos mas, no começo do trabalho de tradução, não conhece muitas delas. Diante disso, formamos uma Frente de Trabalho para conduzir uma extensa pesquisa, estabelecer quais são os termos mais utilizados e definir quais seriam os sinais utilizados para traduzi-las”.

A intérprete de Libras dá como exemplo a palavra “procurador”, que não possui sinal específico. “A Frente de Trabalho identificou o termo, pesquisou o seu significado e estabeleceu o sinal a ser utilizado para a palavra no âmbito IFC. Assim, sempre que o procurador participar ou for citado durante uma reunião, os intérpretes e os espectadores com acesso ao Glossário saberão qual o sinal utilizado para fazer a referência”. O trabalho de levantamento dos termos, pesquisa de significados e definição dos sinais levou cerca de um ano.

Vanessa ressalta que a participação de professores surdos da Instituição na Frente de Trabalho foi essencial. “Assim como o português falado, a Libras tem variações linguísticas pelo país; um sinal que é aplicado aqui pode não ser o mesmo usado, digamos, lá em Porto Alegre. Por isso, desenvolver o Glossário junto com estes servidores é muito importante, pois são eles que fazem uso diário da língua, conversam diretamente com outros surdos e sabem quais são os sinais mais utilizados na nossa região”. De acordo com a tradutora, essa colaboração também é crucial na hora de se estabelecer qual será a tradução padrão de uma palavra que não tem sinal específico — como é o caso do exemplo que citamos anteriormente, “procurador”.

A tradutora lembra ainda que o Glossário Institucional de Libras é uma obra em constante atualização. Conforme novos termos forem identificados e devidamente sinalizados, eles serão incluídos para consulta.

O Glossário foi desenvolvido pelos seguintes servidores:

Frente de Trabalho

  • Vanessa Rocha (presidente – intérprete – Campus Sombrio)
  • Samara dos Santos (vice-presidente – intérprete – Campus Blumenau),
  • Afonso da Luz Loss (professor – Campus Camboriú)
  • Angella Aparecida Ferreira Velho De Mendonca (intérprete – Campus Luzerna)
  • Cristiane Aparecida Lissak (intérprete – Campus Concórdia)
  • Dominique Calixto Martins (intérprete – Campus Rio do Sul)
  • Ivone de Souza Matos (intérprete – Campus Araquari)
  • Mara Rubian Matteussi Garcia Kortelt (intérprete – Reitoria)
  • Maria Auxiliadora Bezerra De Araujo (Professora – Campus Sombrio)

Edição de Vídeo

  • Carlos Eduardo Pieri ( Coordenador-Geral da Cecom – Reitoria)
  • Ulysses Tavares Carneiro ( Técnico em Assuntos Educacionais- Campus Sombrio)

Suporte Técnico

  • Ramon Silva da Cunha (Intérprete – Campus Sombrio)

Sobre o NuBi – O Núcleo Bilíngue Libras-Língua Portuguesa do IFC é um órgão destinado a promover condições igualitárias de acesso e permanência de pessoas surdas na instituição, contribuindo para sua inclusão social e acadêmica. Com estrutura multicampi, está vinculado institucionalmente ao Centro de Línguas do IFC (CLIFC). Atualmente, o NuBi é coordenado por Mara Kortelt e Afonso Loss.

 

Texto: Cecom/Reitoria/Thomás Müller
Imagem: Cecom/Reitoria/Andréa Santana

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