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Docentes e estudante do IFC Araquari desenvolvem projeto de pesquisa sobre geodiversidade e biodiversidade do Campus

[1]Os docentes do IFC Campus Araquari Luiz Antonio, Heder Luciano, Nelson da Silva, em colaboração com o estudante do curso técnico em Agropecuária Flavio Silveira, foram responsáveis pelo desenvolvimento do projeto de pesquisa “Identificação e Mapeamento de Unidades Naturais de Ensino e Aprendizagem”, que consiste no mapeamento, inventariamento e monitoramento, dentro da área territorial do IFC Araquari, de unidades naturais para fins de ensino e aprendizagem sobre a geodiversidade [2] e biodiversidade [3] local.

O projeto tem por objetivo promover o desenvolvimento sustentável e a conservação de parte do patrimônio natural de Araquari, como acervo natural e didático para a atual e futuras gerações. O município de Araquari está inserido dentro do ambiente natural conhecido por bioma Mata Atlântica, que segundo o Botânico Ricardo Cardim (2015), é um dos biomas mais diversos do planeta, contendo mais de 20 mil espécies vegetais, das quais 8 mil são endêmicas, ou seja, só ocorrem nesse ecossistema. Porém, como o território de Araquari está sendo cada vez mais ocupado pelo avanço da urbanização, é fundamental que o IFC Araquari realize ações que contribuam no desenvolvimento regional de forma sustentável de tal forma que preze pelo Meio Ambiente.

A partir disso, os desenvolvedores do projeto tiveram como foco conhecer a área de estudo, aplicar atividades de ensino que integrassem o Meio Ambiente,  ações de proteção da natureza e estudos aprofundados da biodiversidade e geodiversidade no campus. Um dos resultados da pesquisa é o inventário da fauna com a coleta de imagens no nível do solo. Com o auxílio de uma câmera com sensor de movimento, os pesquisadores fizeram filmagens de animais silvestres que são característicos da Mata Atlântica. A câmera dispara 5 fotos e um vídeo de 10 segundos a cada movimento detectado.

Assista a um dos vídeos, clicando na imagem abaixo:



O docente em Geografia e Coordenador do projeto, Luiz Antonio, conta que as imagens capturadas surpreenderam e preocuparam . “Surpresa porque as espécies observadas estão muito próximas dos blocos de ensino D, E e do ginásio de esporte, ou seja, a menos de 50 metros dos espaços que usualmente circulamos em tempos de normalidade no Campus”, explica ele. “Isso mostra que a mata, embora secundária, apresenta boa recuperação e condições de abrigar, reproduzir e alimentar os animais silvestres. A preocupação surge do fato de que essa proximidade também indica que o avanço do desmatamento na região está sitiando os animais em espaços naturais cada vez menores e próximos dos humanos na disputa por abrigo e alimentos. Espécies como o Graxaim-do-campo, mamífero semelhante a um cachorro que aparece no vídeo, por exemplo, pode em algum momento entrar na lista de espécies em risco de extinção se não fizermos nada.” Por fim, o docente conclui:  “Entendemos que com esse estudo o IFC Araquari está contribuindo para a preservação de espécies da Mata Atlântica e ecossistemas litorâneos”.

 

Para o estudante Flávio Silveira, da turma 3Agro3, o projeto contribuiu em sua formação ao aproximar os saberes de diferentes áreas  de conhecimento em prol do desenvolvimento sustentável, tanto no âmbito educacional quanto no papel de cidadão consciente. “Pude perceber a importância de matas preservadas, através das imagens feitas com as câmeras, que nos mostraram diversas espécies de animais presentes nas matas do campus; animais que eu nem fazia ideia que existiam ali. Eu espero que o objetivo do projeto seja conquistado, que é a preservação dessas áreas”, declara. 

O projeto de Pesquisa pode ser acessado clicando aqui [4]

 

Texto: CECOM/Araquari
Acervo de fotos: Luiz Antonio