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200 trabalhos são apresentados durante a VII MICTI

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A resposta de indagações, a busca de soluções e a curiosidade surgem no contexto da pesquisa como molas propulsoras ao conhecimento. Durante a VII Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar (MICTI), ocorrida nos dias 12 e 13 de novembro no Câmpus Araquari, foram apresentadas 200 pesquisas, sendo 110 em apresentações orais e 90 em apresentações de pôsteres.

Os estudantes do curso técnico integrado em Agroecologia, José Carlos Beber e Jordi Arnon Tonet, desenvolveram uma técnica barata e acessível para o telhado verde. “Normalmente o que se usa é grama, mas ela cresce muito e precisa de reparos constantes. O nosso projeto de telhado verde exige o mínimo de manutenção, além de ficar esteticamente bonito”, disse José. Os pesquisadores usaram garrafas pet como vasos, plantaram Rosa de Pedra e encaixaram as garrafas nos intervalos de telhas de amianto. “A planta é fácil de achar na nossa região, é resistente à seca e precisa de manejo mínimo. Além de reduzir a temperatura em até 6 graus, o telhado verde fica bonito com essa planta ornamental”, completou Jordi.

Os estudantes Gabriel Almeida da Silva do curso de Agronomia, Jéssica Scotegagna,  Mateus Gabriel,  Neuber José Lucca, Carla Imlau e Fernanda Cristina de Britto, do curso de Medicina Veterinária, realizaram apresentações orais durante a VII MICTI. Para eles o evento foi importante para a troca de experiência, exposição dos trabalhos e para perder o medo de falar em público. “Estar aqui é ter o nosso trabalho reconhecido. Nos dá orgulho representar o câmpus e mostrar a pesquisa realizada”, disse Carla.

Para Gabriel, fazer pesquisa no Brasil é difícil, falta incentivo financeiro e parcerias para as despesas da pesquisa. “Conseguir uma bolsa é difícil, o estado de Santa Catarina investe pouco e a nossa tentativa com a pesquisa é resolver um problema e ajudar a sociedade” ressalta.

Praticidade e inovação aos lares urbanos e rurais de Santa Catarina é a proposta de diversas pesquisas realizadas no Instituto Federal Catarinense (IFC). Thaise Camargo da Silva e João Vitor de Campos, do curso técnico integrado em Agropecuária, mostraram durante a VII MICTI que é possível fazer pomada para suíno usando o que o produtor rural tem na propriedade. “Nós desenvolvemos uma pomada fitoterápica para lesões, cortes e arranhaduras dos suínos. Misturando beldroega e banha temos uma pomada barata, fácil de fazer, atóxica e que não irrita o suíno. O esprei usado hoje é tóxico, tem alto custo e incomoda o suíno, que acaba se machucando mais ainda nas áreas de confinamento. A nossa pomada é tão eficiente quanto o esprei, não polui, promove o bem-estar animal, não provoca intoxicação é mais barato, feito com o que já existe na propriedade”, explicaram os pesquisadores.

Muita coisa pode ser vista durante a VII MICTI. Um quiz criado por Emerson Luiz Padilha Jr., do curso técnico integrado em Informática, que usa de um questionário para medir o grau de conhecimento de cada aluno; Ou ainda o sistema de catalogação de peixes desenvolvido pela estudante Gabriella Xavier, também do curso técnico integrado em Informática.

Tivemos o projeto dos estudantes Sara Firmino de Oliveira e Leonardo Jardim de Brito que, em parceria com um projeto mantido pela NASA, detectam e monitoram as emissões decamétricas, oriundas das explosões solares, com Rádio Jove e aprendem sobre radioastronomia despertando o seu interesse e dos colegas sobre astronomia e a área das ciências exatas. O debate social foi levantado por Felipe Corrêa, do curso técnico integrado em Eletroeletrônica, que tratou de Esporte e Capitalismo; como também questões biológicas foram trazidas por Álvaro Haas de Souza e Rhaíssa Gehrke na coleta de 29 aranhas marrom dentro e fora de residências como forma de conhecer a realidade local e divulgar à população os cuidados e conscientização e às entidades hospitalares e Corpo de Bombeiros o alerta para armazenamento e estoque de soro.

Ellen Paula Nascimento, do curso técnico subsequente em Administração, apresentou o resgate à cultura através de minicursos com artesões locais. “Trabalhamos os 4Ps do Marketing com os artesãos como forma de eles terem o retorno financeiro do trabalho, além de promover uma organização do trabalho. Saímos da sala de aula, levamos conhecimento à população e ajudamos a manter a cultura”, disse.

Os estudantes Hiago Vinícius Piovesan e Lucas Koch Ernzen, do curso técnico integrado em Automação Industrial, perceberam que as escolas da sua região receberam kits de Lego e os mesmos não estavam sendo usados. “Todo esse material parado, não pode. Fizemos duas oficinas em uma escola e ajudamos os professores a usar o material com os alunos. Montamos tutoriais para que a montagem e programação dos kits sejam feitos para trabalhar a lógica e estimular o desenvolvimento de tecnologia com os alunos”, salientaram eles.

Para os estudantes Nayara Amorim e Thiago Pereira Batista, do Colégio Técnico da UFRRJ, estar na VII MICTI foi gratificante. “Enfrentamos 15 horas de viagem, mas estar em Santa Catarina e apresentar a nossa pesquisa foi importante para a construção no nosso conhecimento. Foi uma experiência diferente e rica para nós, além de conhecer outros trabalhos”.

A MICTI acontece todos os anos e é um evento científico e tecnológico com abrangência multidisciplinar promovido pelo Instituto Federal Catarinense (IFC). Mais informações em http://eventos.ifc.edu.br/micti/

Aproveite e confira os Trabalhos Premiados durante a VII MICTI

* Texto e fotos: CECOM/Reitoria.

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